domingo, 9 de março de 2008


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Os representantes de nossas altas classes, compreendendo sempre políticos e empresários e noutra escala os turistas sexuais, movimentam o famoso mercado da luxúria, gerando os altos índices de prostituição nas jovens de classes média e baixa. Estas jovens se encantam com presentes e propostas mentirosas, vendendo o corpo para os esbanjadores de plantão. Como se sabe a boca miúda, políticos que detém a chave de certos cofres no Nordeste, encomendam, a preço de ouro, modelos de sucesso do Sudeste e Sul, para passarem finais de semana em suas companhias. E oferecem festas faraônicas para demonstrar o seu poder de fogo. Houveram casos em João Pessoa em que cada convidado recebeu uma modelo para companhia e um anel de ouro, tudo regado com muito wisky e pó branco.

O orgulho das pessoas até pode ser visto como uma qualidade pessoal, quando ela se arma de certas convicções para manter uma posição do bem, para defender o bom nome da família contra as investidas de poderosos que a quer humilhar. Mas na maioria das vezes, o velho orgulho chega para complicar as relações. E aí se complicam todas as classes. O rico tem um orgulho enorme de ter chegado ao ápice da pirâmide social, geralmente esquecendo dos mortos e feridos que deixou pelo caminho. Os cidadãos de classe média enfiam os pés pelas mãos e conseguem alguns bens dos quais possam se orgulhar, contraindo um monte de dívidas e deixando os seus credores a ver navios na hora de receber o pagamento. Os pobres não querem ajuda porque são muito orgulhosos para aceitarem esmolas. E assim ficamos nessa coisa sem fim e sem nexo.

A preguiça é um fator perverso, pois engloba tanto aquele que é preguiçoso natural e não gosta de se mover nem para prover o próprio sustento, como aquele que inventa mil desculpas para montar em quem está mais próximo. Estão aí inseridos os milhares que nunca fazem nada porque sempre colocam mil dificuldades que impossibilitam qualquer projeto e assim se mantém em estado inercial. Lembram-se da máxima do sujeito que planejou o próprio sepultamento, vivo? Lógico que aquilo foi muito cômodo, pois ele foi carregado numa rede. Assim, muita gente fica se escorando em algum familiar, contentando-se em receber migalhas e sobras, a despeito do desprezo com que é tratado e renunciando à dignidade.

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Um comentário:

Lilia Tandaya disse...

Gera, a novela dos 7 pecados mal acabou e vc já tá no vale a pena ver de novo?!
Meu, esses temas "pesados" é bom ter na mesa de bar, onde agente "afoga" as magoas... mas se escrever te alivia vá em frente, só acho dificil encontrar leitor, não vale dizer q as pessoas não leem... na atual correria do dia a dia, onde não tem como escapar dos problemas, não espere leitores p essas tematicas "sofridas"... mais facil encontrar apoio no bar...
Estamos por aqui Circulando... sabendo de news me informe!
Ah não consegui entrar no outro blog, a oi dificultou bem...
Bjinhos